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Durante muito tempo, ouvi a mesma frase de empreendedores e donos de e-commerce:
“Google Ads não funciona para o meu negócio.”
E quase sempre, essa frase vinha acompanhada de uma convicção:
“Já testamos e não deu resultado.”
Mas quando eu olhava o histórico, encontrava o mesmo padrão:
campanhas mal configuradas, estrutura confusa, sem rastreamento correto, sem estratégia de intenção.
O problema nunca foi o Google.
O problema foi a forma como ele foi usado.
Não é o instrumento que é fraco, mas a mão que o maneja.” – Leonardo da Vinci
Nos últimos meses, comecei a trabalhar com alguns clientes que acreditavam exatamente nisso: que o Google não fazia sentido para o negócio deles.
Todos apostavam apenas no Meta Ads, e com certa resistência aceitaram testar o Google novamente.
Mas bastou um mês para o discurso mudar completamente.

Quando o básico funciona (e muito)
Com todos esses clientes, comecei do jeito mais simples possível: duas campanhas.
Nada de estrutura complexa, remarketing avançado ou automações mirabolantes.
Apenas o feijão com arroz bem feito.
- Campanha Institucional – para capturar quem já buscava pela marca e fortalecer presença.
- Campanha de Performance Max (PMax) – para explorar novas oportunidades e ampliar o alcance dentro do ecossistema do Google.
O resultado?
Em todos os casos, o Google performou de forma surpreendente logo no primeiro mês.
ROAS acima de 10, e em alguns casos, acima de 20.
Esses mesmos empreendedores, que acreditavam que o canal “não funcionava”, começaram a ver o Google como um dos pilares de faturamento da operação.
E tudo isso, com duas campanhas básicas, bem estruturadas e com propósito claro.
A perfeição é alcançada, não quando não há mais nada a acrescentar, mas quando não há mais nada a tirar.” – Antoine de Saint-Exupéry

O mito do “Google não funciona”
Por que tanta gente acredita que o Google não traz resultado?
A resposta é simples: muitas empresas testaram sem entender o funcionamento do canal.
O Google não trabalha com desejo latente, como o Meta. Ele trabalha com intenção ativa.
O usuário não é interrompido pelo anúncio, ele está procurando algo.
Ele já está no meio do processo de compra.
Quando o negócio não entende essa diferença, ele usa o Google como se fosse o Meta: quer impacto, quer descoberta, quer volume.
Se você julga um peixe por sua capacidade de subir em árvores, ele passará a vida acreditando ser estúpido.” – Albert Einstein
Mas o Google é sobre captura de demanda, não sobre criação de desejo.
Essa confusão faz com que muitos desistam rápido, antes de deixar o algoritmo entender o público e os sinais de conversão.
O resultado é previsível: campanhas mal otimizadas, dados insuficientes e a falsa sensação de que “o Google não converte.”
A diferença entre intenção e interrupção
No Meta Ads, o público está navegando, distraído, e você interrompe o fluxo dele com uma mensagem criativa.
No Google Ads, é o contrário: o público está ativamente buscando uma solução.
Ele já tem intenção de agir. Essa diferença muda tudo.
A melhor propaganda é aquela que não parece propaganda.” – Tom Fishburne
Enquanto no Meta o desafio é despertar o interesse, no Google o desafio é aparecer para quem já está pronto.
E, quando o negócio tem uma boa página de produto, preço competitivo e experiência de compra coerente, o resultado vem rápido.
Por isso, o Google tem um poder que muitos subestimam: ele entrega resultado mais rápido quando a base está pronta.

O que eu fiz (e o que não fiz)
Muitos esperam ouvir que usei uma estrutura de campanha sofisticada, scripts de automação ou dezenas de segmentações.
Mas a verdade é que o que funcionou foi exatamente o oposto.
- Nenhum setup complexo.
- Nenhuma otimização diária obsessiva.
- Nenhum segredo guardado a sete chaves.
O que houve foi:
– Configuração limpa.
– Rastreamento 100% funcional.
– Estrutura de campanha pensada na jornada.
– Criativos e títulos coerentes com o produto e o momento da busca.
O resto foi deixar o algoritmo trabalhar. E o algoritmo do Google só precisa de uma coisa: dados reais de intenção.
Com um negócio bem estruturado e um produto que resolve um problema, o Google entrega.
Disciplina é o que transforma intenção em ação.” – Jim Rohn
Por que o básico funcionou
O sucesso dessas campanhas veio do alinhamento entre quatro elementos:
- Oferta clara – produto com proposta de valor evidente.
- Busca ativa – o público já estava procurando.
- Página coerente – experiência fluida, rápida e confiável.
- Execução simples – sem ruído, sem distração, sem complicar o essencial.
E essa é a parte que pouca gente quer aceitar: o básico bem feito ainda é o que mais gera resultado.
A simplicidade é o último grau da sofisticação.” – Leonardo da Vinci
Em um mercado obcecado por hacks, o que realmente faz diferença é clareza e consistência.

O erro de colocar canais em disputa
Outro ponto importante que aprendi é que Google e Meta não competem.
Eles se complementam.
O Meta desperta o desejo.
O Google captura a intenção.
Quando o tráfego do Meta aquece o público e o Google aparece no momento da decisão, o resultado multiplica.
É um efeito de sinergia: um canal prepara o terreno, o outro colhe o resultado.
O erro é pensar em canais isolados, quando o cliente não enxerga assim.
Na prática, ele vê a marca em vários pontos e decide quando sente confiança suficiente para comprar.

A mentalidade que muda o jogo
O maior aprendizado de tudo isso não foi técnico, foi mental.
Os empreendedores que mais crescem são os que entendem o jogo da paciência e da estrutura.
Eles não buscam atalhos. Buscam processo.
Nada é particularmente difícil se você o dividir em pequenas tarefas.” – Henry Ford
Quando um negócio entende que o Google é sobre ser encontrado e não apenas ser visto, ele começa a colher resultados previsíveis e consistentes.
O tráfego pago não é sobre empurrar produtos.
É sobre conectar o momento certo à mensagem certa.
E o Google faz isso melhor do que qualquer outro canal, desde que seja respeitado o tempo do aprendizado e da construção.
Lições que ficaram
- O Google não é um canal ultrapassado. É uma máquina de intenção.
- O simples ainda vence. Duas campanhas bem estruturadas podem mudar um resultado.
- Não existe disputa entre Meta e Google. Existe integração inteligente.
- A estrutura vem antes da verba. O investimento só faz sentido quando há base sólida.
- Resultados de dois dígitos são possíveis. Não por mágica, mas por método.

Conclusão: o Google não morreu, ele só estava sendo mal usado
O Google Ads nunca deixou de funcionar.
O que aconteceu é que muitos o trataram como um canal de interrupção, quando ele sempre foi um canal de intenção.
E quando você entende isso, tudo muda.
O feijão com arroz bem feito continua sendo o que separa o gestor que reclama do canal do gestor que domina o jogo.
O segredo não está em gastar mais, mas em gastar melhor.
E é exatamente isso que o Google ensina: intenção vale mais do que volume.
A clareza precede o sucesso.” – Robin Sharma
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Às vezes, o que falta não é canal. É clareza.